O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve intensificar, nesta semana, as ligações para presidentes e primeiros-ministros com o objetivo de discutir alternativas ao tarifaço determinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Em falas recentes, Lula afirmou que pretende telefonar para líderes de países como África do Sul (Cyril Ramaphosa), México (Claudia Sheinbaum), França (Emmanuel Macron), Alemanha (Friedrich Merz) e Reino Unido (Keir Starmer), além da União Europeia (Ursula von der Leyen).
Lula já conversou com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping. Desde que Trump enviou uma carta pública a Lula e anunciou a tarifa de 50%, o governo federal está empenhado na busca de ampliar o mercado de exportação do Brasil com o intuito de amenizar os impactos da taxação às empresas brasileiras.
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Trump tem criticado países do Brics, acusando o bloco de países emergentes de promover “políticas antiamericanas”. O governo brasileiro entende que a negociação com os EUA estão travadas por decisão de Trump, que deseja influenciar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Pedido de ajuda
Em 11 de agosto, o Brasil solicitou consultas à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas impostas por Trump. O pedido inicia formalmente uma disputa na OMC. As consultas dão às partes a oportunidade de discutir a questão e encontrar uma solução sem prosseguir para um julgamento. Caso as consultas não resolvam a disputa dentro de 60 dias, o reclamante que, nesse caso, é o Brasil, poderá pedir que um painel da OMC decida sobre o caso. A reforma da OMC é um dos temas no radar de Lula e pode entrar em um encontro virtual com líderes do Brics. O Brasil está na presidência do bloco e tenta acertar uma data para esse diálogo.
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