Um levantamento do jornal Folha de S. Paulo junto à Justiça do Trabalho revelou que empresas, em diferentes estados, pressionaram empregados a votar no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
Em Minas, a Agronelli Ltda. colou adesivos de Bolsonaro nos postos de trabalho, promoveu palestras partidárias e associou eventual vitória do PT à demissão em massa. Condenada, a empresa terá de pagar R$ 10 mil a uma funcionária. Já a Sada Bioenergia foi responsabilizada pela dispensa de um motorista de 64 anos que se recusou a usar adesivo pró-Bolsonaro. O juiz classificou a demissão como cerceamento da liberdade política.
Em São Paulo, a Radiodoc ofereceu folgas a quem participasse de atos eleitorais do então presidente e advertiu empregados de possíveis represálias caso votassem no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Paraná, a Transben Transportes enviou vídeos afirmando que, se o ex-presidente perdesse, haveria desemprego e que apenas apoiadores receberiam auxílio.
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No Espírito Santo, a Febracis pressionou funcionários com discurso religioso, alegando que a disputa era uma “guerra espiritual” entre o então chefe do Executivo, “enviado de Deus”, e o petista, “representante do Diabo”. A Justiça condenou a empresa a pagar R$ 10 mil de indenização. Já o Frigorífico Serradão, em Minas, distribuiu camisetas amarelas com slogans de Bolsonaro e prometeu pernil a quem comprovasse o voto no candidato.
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