A paralisação do governo de Donald Trump provocou nesta sexta-feira (7) o cancelamento de mais de 800 voos nos Estados Unidos. A falta de funcionários atingiu aeroportos em todo o país e expôs os efeitos do shutdown, que chega ao 38º dia e já é o mais longo da história norte-americana. Até o momento, os voos entre Brasil e EUA seguem sem alterações.
O impasse entre republicanos e democratas na aprovação do Orçamento de 2026 mantém parte da máquina pública paralisada. Sem receber salários desde 1º de outubro, controladores de voo e funcionários de aeroportos começaram a faltar, o que afetou as operações aéreas. O governo Trump, do Partido Republicano, responsabiliza os democratas pelo shutdown, segundo eles a culpa da falta de acordo no Congresso é puramente democrata.
Na quarta-feira (5), o Departamento de Transportes determinou uma redução gradual de 10% nos voos do país, iniciando com 4% nesta sexta e ampliando até a próxima semana. Segundo dados do site FlightAware, 824 voos haviam sido cancelados até a manhã desta sexta, quatro vezes mais que na véspera, e cerca de 1.100 apresentavam atrasos.
Consequências do shutdown seguem pós encerramento
A Agência Federal de Aviação (FAA) informou que determinou atrasos em seis grandes aeroportos: Atlanta, São Francisco, Washington, Newark, Teterboro e Miami. No total, cerca de 40 terminais registraram impactos, com os maiores números de cancelamentos em Chicago e Atlanta.
Entre as companhias mais afetadas estão American Airlines, Delta, United, Southwest, Republic, Skywest e Endeavor. A American informou que 12 mil passageiros tiveram voos cancelados e anunciou o corte de 220 voos diários até segunda-feira (9).
O secretário de Transportes, Sean Duffy, disse que o tráfego aéreo não voltará ao normal imediatamente após o fim do shutdown, que segue sem previsão de encerramento.








