Rússia e Ucrânia intensificaram a troca de ataques nos últimos dias, em um momento de impasse diplomático e tentativas frustradas de retomada das negociações de paz. Durante a madrugada da última segunda-feira (21), mísseis balísticos e hipersônicos, além de centenas de drones, atingiram várias regiões ucranianas, deixando mortos e provocando incêndios em Kiev e Kharkiv. Horas depois, Moscou também foi alvo de ofensivas ucranianas com drones, afetando aeroportos e forçando o cancelamento de dezenas de voos.
Na capital ucraniana, pelo menos uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas, segundo autoridades locais. Incêndios destruíram o telhado de um supermercado no distrito de Darnytskyi e danificaram dois edifícios residenciais e um shopping center em Dniprovskiy. Em Kharkiv, o prefeito Ihor Terekhov relatou ao menos 12 explosões, com danos em áreas residenciais e infraestrutura urbana.
A Força Aérea da Ucrânia confirmou que o ataque russo envolveu 24 mísseis e 426 drones, dos quais ao menos 23 conseguiram atingir seus alvos. O presidente Volodymyr Zelensky declarou que as ações de Moscou continuam a atingir alvos civis e escreveu: “Os ataques da Rússia são sempre contra a humanidade: um jardim de infância, prédios residenciais e outras infraestruturas civis foram queimados em Kiev”.
Já o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter derrubado 117 drones ucranianos, sendo 30 apenas na região de Moscou. Milhares de passageiros enfrentaram filas ou passaram a noite em aeroportos da capital após cancelamentos em massa.
Apesar da escalada, as duas nações admitem a possibilidade de retomar o diálogo. Zelensky propôs uma nova rodada de negociações ainda esta semana. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reconheceu a oferta, mas afirmou que os rascunhos apresentados por Moscou e Kiev são “diametralmente opostos”. Segundo ele, há muito trabalho diplomático a ser feito antes de qualquer avanço.
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