A Rússia realizou, na quarta-feira (9), um ataque com drones no território ucraniano, ataque renovou o recorde diário de projéteis disparados pela Rússia e confirma o padrão de escalada aérea observado nas últimas semanas
Segundo a Força Aérea ucraniana, foram lançados 728 drones em uma única noite, superando o recorde anterior de 539 registrado em 4 de julho. As forças de defesa aérea informaram que conseguiram interceptar 718 dispositivos. Não há registro de mortos até o momento, mas uma mulher ficou ferida na cidade de Brovary, próxima a Kiev.
A cidade de Lutsk, no noroeste da Ucrânia, foi o principal alvo da ofensiva. De acordo com Ivan Rudnitskyi, chefe da administração militar da região de Volyn, “ontem à noite, nossa região foi novamente alvo de um ataque em massa. Praticamente tudo voava em direção a Lutsk”. A intensidade dos ataques obrigou os militares da Polônia a enviarem caças ao seu espaço aéreo.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu nas redes sociais. “Este é um ataque demonstrativo, e ocorre em um momento em que houve tantas tentativas de alcançar a paz e o cessar-fogo, mas a Rússia rejeita tudo”, escreveu no Telegram. “Nossos parceiros sabem como pressionar para que a Rússia seja forçada a pensar em acabar com a guerra, não em novos ataques. Todos que querem a paz devem agir.”
A ofensiva aconteceu horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometer mais apoio militar a Kiev e criticar o presidente russo, Vladimir Putin. “Não estou feliz com ele. Está matando muita gente. É um inútil que fala muita besteira”, disse Trump. O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que não se abala com as declarações do norte-americano.
O Ministério da Defesa russo informou que, em resposta, a Ucrânia lançou 86 drones contra seu território.
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