O Papa Leão XIV recebeu, na manhã desta quarta-feira (9), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na residência papal de Castel Gandolfo, próximo a Roma. Segundo comunicado da Santa Sé, os dois discutiram o conflito em curso e “a necessidade urgente de uma paz justa e duradoura”.
Durante o encontro, realizado em clima cordial, Leão XIV reafirmou “a importância do diálogo como o caminho melhor para pôr fim às hostilidades”. O papa também “expressou seu pesar pelas vítimas e renovou suas orações e proximidade ao povo ucraniano, incentivando todos os esforços para libertar os prisioneiros e encontrar soluções partilhadas”.
De acordo com o Vaticano, o pontífice manifestou mais uma vez a disposição da Santa Sé em receber representantes da Rússia e da Ucrânia no Vaticano, com o objetivo de retomar as negociações diplomáticas. “O Santo Padre reafirmou sua disponibilidade de receber os representantes da Rússia e da Ucrânia, no Vaticano, para negociações”, diz o comunicado.
O vídeo divulgado pelo Vaticano mostra o momento em que o papa cumprimenta Zelensky com a pergunta “Como vão as coisas?”. Não foram informados detalhes sobre a duração da conversa.
Zelensky está na Itália para participar, nos dias 10 e 11 de julho, de uma conferência internacional voltada à reconstrução da Ucrânia no pós-guerra. Esta é a segunda vez que o líder ucraniano se encontra com Leão XIV; a primeira ocorreu em 18 de maio, no Vaticano.
Leão XIV, que tem centrado seu pontificado em apelos por soluções pacíficas para conflitos globais, também conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 4 de junho. Na ocasião, segundo o Vaticano, o papa solicitou a Putin “medidas concretas” para encerrar a guerra iniciada há três anos.
Nesta quarta-feira, o pontífice celebrou ainda uma missa ao ar livre em Castel Gandolfo. A cerimônia, realizada durante seu período de férias, foi marcada por um apelo à proteção ambiental. “Temos que rezar pela conversão de muitas pessoas… que ainda não veem a urgência de cuidar da nossa casa comum”, afirmou Leão XIV. Para o papa, o mundo enfrenta uma “crise ecológica” que exige resposta urgente.
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