O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou Rildo Soares, de 33 anos, apontado como suposto serial killer, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, estupro, roubo majorado e ocultação de cadáver da jovem Elisângela da Silva Souza, de 26 anos, em Rio Verde.
A promotora de Justiça Natália Dalan Martins pediu que o acusado seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri Popular e que seja fixada indenização mínima de R$ 100 mil à família da vítima pelos danos morais e materiais sofridos.
Segundo a denúncia, Rildo abordou Elisângela enquanto ela seguia para o trabalho, exigiu seus pertences e a levou até um terreno baldio, onde a violentou sexualmente, matou e escondeu o corpo entre entulhos. O suspeito está preso na Casa de Prisão Provisória de Rio Verde, e o caso tramita em segredo de Justiça.
Desaparecimento e localização do corpo
Elisângela desapareceu na madrugada de 11 de setembro, ao sair de casa às 4h para ir ao trabalho. A família registrou o desaparecimento horas depois, ao notar o atraso incomum.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que Rildo Soares caminhava com a vítima até um terreno baldio — e, minutos depois, aparecia sozinho deixando o local.
O corpo da jovem foi encontrado parcialmente enterrado no dia seguinte, 12 de setembro, próximo à Avenida 75, no bairro Popular, com alguns de seus pertences ao lado.
Durante as buscas, equipes do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) localizaram primeiro uma calça parecida com a da vítima e, em seguida, o cadáver entre os escombros.
Foto: Divulgação PCGO
A Polícia Civil relatou que Rildo chegou a retornar à cena do crime e observava a perícia de longe, tentando disfarçar. Quando percebeu que havia sido reconhecido, tentou fugir, mas foi preso após resistir à abordagem.
Estupro confirmado e confissão
O laudo pericial confirmou o estupro, com material genético compatível com o acusado.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, o exame apontou resultado positivo para espermatozoides de Rildo. Durante o interrogatório, ele confessou o assassinato, alegando ter perdido o controle após ser ferido pela vítima com a faca que usava para ameaçá-la.
Segundo o delegado, “Elisângela era só para roubar mesmo, mas ela tomou a faca dele, acertou o braço dele e ele perdeu a paciência e a matou”. Rildo também contou que enterrou o celular da jovem após o crime — o aparelho foi localizado dentro de um colchão usado por ele, o que reforça a suspeita de que guardava “lembranças” de suas vítimas.
Próximos passos
A denúncia será analisada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), que decidirá se o acusado será levado a julgamento pelo Tribunal do Júri.
O Ministério Público pede que, além da condenação, Rildo Soares indenize a família de Elisângela em R$ 100 mil pelos danos causados.