Kiev viveu na terça-feira (17) um dos dias mais sangrentos desde o início da guerra. Um bombardeio russo atingiu diretamente um edifício residencial de nove andares na capital ucraniana, destruindo parte da estrutura e provocando a morte de ao menos 16 pessoas. Outras 124 ficaram feridas, em meio a uma ofensiva que envolveu centenas de drones e dezenas de mísseis.
O ataque, que também causou destruição em escolas, prédios públicos e estruturas vitais, foi descrito pelo presidente Volodymyr Zelenskiy como um dos mais horríveis desde o início da guerra. Em pronunciamento, ele reforçou a gravidade do episódio e criticou a reação internacional: “Esses ataques são puro terrorismo. O mundo inteiro, os Estados Unidos e a Europa precisam finalmente responder como uma sociedade civilizada responde aos terroristas. Putin faz isso apenas porque pode se dar ao luxo de continuar a guerra”.
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Ao todo, segundo as autoridades ucranianas, 440 drones e 32 mísseis foram lançados pela Rússia. A capital registrou danos em pelo menos 27 pontos diferentes. Entre as vítimas fatais está um norte-americano de 62 anos, morto por estilhaços.
O Ministério da Defesa da Rússia reconheceu a ofensiva e alegou que os alvos eram instalações industriais e militares localizadas em Kiev e na região de Zaporizhzhia, ao sul do país. O governo russo afirmou que empregou mísseis e drones lançados por meios aéreos, terrestres e navais.
Na capital ucraniana, as equipes de resgate trabalharam durante toda a madrugada. Uma cena comovente foi registrada quando uma idosa ferida foi retirada de um dos apartamentos atingidos com a ajuda de um guindaste.
Além de Kiev, a cidade de Odessa também foi atingida, resultando em mais uma morte. Paralelamente, a Ucrânia realizou ataques com drones dentro da Rússia, embora sem causar vítimas ou danos significativos. Moscou afirma ter interceptado 147 drones ucranianos, incluindo alvos nas imediações da capital russa.
Em resposta ao ataque, o governo da Ucrânia decretou luto nacional nesta quarta-feira (18), enquanto cresce a pressão para que aliados ocidentais adotem medidas mais duras contra Moscou.
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