O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou na terça-feira (23) que documentos preliminares foram elaborados após conversas entre autoridades americanas e ucranianas sobre o fim da guerra iniciada pela Rússia. Segundo ele, os textos tratam de garantias de segurança, recuperação do país e de uma estrutura básica para encerrar o conflito.
As declarações foram feitas após reuniões realizadas no fim de semana em Miami, onde representantes dos Estados Unidos conversaram com delegações da Ucrânia e de países europeus. Autoridades americanas também mantiveram encontros separados na Flórida com representantes russos, enquanto avaliam possibilidades de um acordo após quase quatro anos de guerra.
Foto: Divulgação/ Casa Branca
Kiev busca garantias de segurança a longo prazo
Em publicação na rede social X, Zelensky disse ter sido informado pelos negociadores ucranianos Rustem Umerov e Andrii Hnatov sobre o resultado das conversas. “Eles trabalharam produtivamente com os enviados do presidente Trump e vários documentos preliminares já foram elaborados”, escreveu. “Em particular, isso inclui documentos sobre garantias de segurança para a Ucrânia, sobre a recuperação e sobre uma estrutura básica para o fim desta guerra”, acrescentou.
Autoridades ucranianas têm buscado garantias de segurança dos aliados para evitar uma nova invasão russa após um eventual acordo de paz. “Os pontos para hoje foram definidos de forma a corresponder ao objetivo de realmente acabar com a guerra e à necessidade de evitar uma terceira invasão russa”, afirmou Zelensky. A preocupação está ligada ao histórico do conflito, em 2014, a Rússia anexou a Crimeia e passou a apoiar uma rebelião separatista no leste da Ucrânia.
Foto: Serviço Estadual de Emergência da Ucrânia
Moscou não vê a situação como Zelensky
Os comentários do presidente ucraniano ocorreram após um ataque aéreo russo ao sistema energético da Ucrânia, que matou pelo menos três pessoas e causou apagões, enquanto o país se preparava para celebrar o Natal. Do lado russo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse ao jornal Izvestia que as conversas entre Rússia e Estados Unidos em Miami “não devem ser vistas como um avanço”.







