O Kremlin afirmou nesta quarta-feira (30) que as ameaças do governo dos Estados Unidos não representam novidade para a economia russa. O pronunciamento foi uma resposta à declaração do presidente norte-americano, Donald Trump, que prometeu tarifas de 100% à Rússia caso não haja progresso para encerrar a guerra na Ucrânia até 8 de agosto.
O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, disse que Moscou está habituada à pressão internacional. “Vivemos sob uma enorme quantidade de sanções há bastante tempo. Nossa economia funciona sob um grande número de restrições. Por isso, é claro que já desenvolvemos uma certa imunidade em relação a isso”, afirmou a jornalistas. Ele destacou que a Rússia vem lidando com essas medidas há anos.
Na terça-feira (29), Trump avisou que a Rússia teria apenas dez dias para demonstrar disposição em encerrar o conflito, iniciado em fevereiro de 2022, sob risco de enfrentar tarifas e novas sanções econômicas. Em abril, ele havia dado um prazo de 50 dias, mas disse agora estar decepcionado com o presidente russo Vladimir Putin.
Também nesta quarta, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, classificou as ameaças dos EUA como parte de um padrão repetido. “Parece que estão presos nesse ciclo. (…) Aparentemente, não restam outras opções — elas se esgotaram. Estamos respondendo e tomando medidas para neutralizar tudo isso ou até mesmo transformar em vantagem para nós”, declarou em Moscou.
Mesmo com as restrições adotadas desde 2022, os dois países ainda mantêm comércio. Segundo dados oficiais dos EUA, as trocas bilaterais somaram US$ 3,5 bilhões em 2024, com destaque para fertilizantes, metais e combustível nuclear.
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