O presidente Lula visitou na quinta-feira (3) a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que cumpre prisão domiciliar em Buenos Aires, após ser condenada por corrupção. Ela nega as acusações e afirma sofrer perseguição política. O encontro ocorreu no departamento de San José, onde a segurança foi reforçada, e Kirchner não pôde receber apoiadores no entorno da residência.
Lula publicou nas redes sociais que Cristina está “bem, com força e gana de luta” e expressou solidariedade, destacando a longa amizade. O presidente ressaltou a importância do apoio popular que Kirchner vem recebendo, especialmente em momentos difíceis.
Após a visita, a ex-presidente argentina agradeceu Lula e criticou o sistema judiciário de seu país, chamando-o de “partido político a serviço do poder econômico”. Ela ainda afirmou que Lula também foi vítima de perseguição jurídica, mas voltou ao poder com o voto popular e de cabeça erguida. Para Cristina, a visita de Lula teve significado político, além do caráter pessoal.
O encontro aconteceu logo após a Cúpula do Mercosul, realizada em Buenos Aires, onde o Brasil assumiu a presidência do bloco para o segundo semestre do ano. O evento foi presidido pelo atual presidente argentino, Javier Milei, adversário político de Kirchner.
A ex-presidente também denunciou o que chamou de “deriva autoritária” no governo de Milei, comparando sua gestão a um “terrorismo de Estado de baixa intensidade” e associando-a à repressão da ditadura chilena de Pinochet. Ela destacou a perseguição a jornalistas, veículos de comunicação e opositores nas redes sociais.
A visita de Lula foi a primeira de um líder internacional desde a prisão de Cristina, autorizada pela Justiça argentina a pedido da própria ex-presidente. Até então, Kirchner só recebia familiares, advogados e médicos.
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