O governador da Louisiana, Jeff Landry, nomeado pelo presidente Donald Trump como enviado especial para a Groenlândia, defendeu nesta terça-feira (23), que os Estados Unidos dialoguem diretamente com os groenlandeses sobre o interesse norte-americano no território ártico.
Em entrevista ao programa The Will Cain Show, do canal Fox News, Landry afirmou que a conversa não deve se concentrar em Copenhague. “Nossas discussões devem ser com as pessoas que vivem na Groenlândia, os groenlandeses. O que eles buscam? Que oportunidades lhes foram negadas? Por que não receberam a proteção que realmente merecem?”, afirmou o enviado especial.
Jeff Landry (Foto: Gage Skidmore/ Wikimedia Commons)
Trump declarou que os EUA “precisam da Groenlândia para a segurança nacional, não para minerais”, destacando a presença de navios russos e chineses na região. Segundo ele, o território é estratégico para os interesses norte-americanos. No domingo, o presidente nomeou Landry, ressaltando que a função é voluntária e não interfere em suas responsabilidades estaduais. Em publicação no X, o governador afirmou que é “uma honra servir” para “tornar a Groenlândia parte dos EUA”.
Dinamarca e Groenlândia reagem mal ao enviado dos EUA
A nomeação gerou reações negativas da Dinamarca e da Groenlândia. os premiês Mette Frederiksen e Jens-Frederik Nielsen emitiram declaração conjunta: “Não se pode anexar outro país, nem mesmo com um argumento de segurança internacional. A Groenlândia pertence aos groenlandeses.” Nielsen também minimizou o anúncio: “Isso pode parecer grande, mas não muda nada para nós. Nós decidimos nosso próprio futuro.”
Mette Frederiksen (Foto: Divulgação/ Casa Branca)
Com cerca de 57 mil habitantes, a Groenlândia pode declarar independência desde 2009, mas ainda depende da pesca e de subsídios da Dinamarca. Sua posição estratégica entre Europa e América do Norte também é relevante para o sistema de defesa antimísseis dos EUA.







