Um incêndio florestal de grandes proporções atinge a região de Pirenópolis desde o último sábado (30/8). Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), as chamas tiveram início nas proximidades da Cidade de Pedra e já devastaram cerca de 4.300 hectares de vegetação nativa. A situação preocupa por atingir áreas de difícil acesso, com relevo acidentado e densa cobertura vegetal.
O fogo já provocou a interdição da Cachoeira dos Dragões, ponto turístico bastante procurado por visitantes. Outras cachoeiras, como Araras, Veredas, São Jorge, Paraíso e Rosário, seguem sob monitoramento para avaliar riscos. Equipes dos bombeiros realizam vistorias técnicas ao longo do dia para verificar se há necessidade de novas interdições preventivas.
Operação de combate ao fogo mobiliza equipes especializadas
De acordo com o CBMGO, atuam no combate ao incêndio guarnições do 17º Batalhão Bombeiro Militar (17º BBM), sediado em Pirenópolis, com o reforço de equipes de Anápolis e da Força-Tarefa Especializada em Incêndios Florestais. A operação utiliza tanto combate direto quanto indireto, além de apoio aéreo para mapeamento da área e transporte de efetivo.
Os bombeiros informaram que os ventos fortes na região têm dificultado o trabalho em campo, favorecendo a propagação das chamas. Em nota, a corporação alertou moradores e turistas para que evitem se aproximar das áreas atingidas. “As operações têm foco na contenção do fogo e na proteção das áreas de maior sensibilidade ambiental”, destacou o CBMGO.
O incêndio não afeta o Parque Estadual dos Pireneus (PEP), segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Ainda assim, os quatro bombeiros lotados no PEP foram deslocados para reforçar o combate às chamas.
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Patrimônio natural em risco e impacto no turismo
Localizada a cerca de 150 quilômetros de Brasília, Pirenópolis é conhecida por sua importância histórica e pela preservação de áreas naturais que atraem turistas durante todo o ano. Além do potencial impacto ambiental, o incêndio atinge diretamente pontos turísticos que movimentam a economia da região.
Até o momento, a interdição da Cachoeira dos Dragões é a medida mais drástica adotada, mas o monitoramento segue intenso em outros atrativos. Técnicos e brigadistas avaliam constantemente o avanço do fogo para determinar novas medidas de segurança.
O Corpo de Bombeiros segue mobilizado, sem previsão para o fim dos trabalhos.
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