Goiás alcançou, nesta terça-feira (22), a marca de 7.475 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em 2025; exatamente o mesmo número registrado durante todo o ano de 2024. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), revelam também 471 óbitos confirmados até o momento, sendo 1.320 casos causados por Influenza e 320 por Covid-19.
A alta de casos já pressiona o sistema de saúde goiano. Em sete meses, os hospitais estaduais receberam 11.957 solicitações de internação por Srag, número próximo ao total de 2024, quando foram feitas 13.934 solicitações. A taxa de ocupação dos leitos também preocupa: mais de 80% dos leitos de enfermaria estão ocupados, enquanto as UTIs ultrapassam 90%. Apesar do cenário, a SES afirma que, em parceria com as redes municipal, federal e privada, tem conseguido atender a demanda.
Cobertura vacinal está abaixo da meta
Mesmo com o avanço da doença, a adesão à vacina contra a gripe (Influenza) permanece abaixo do ideal. Em Goiás, a cobertura vacinal está em 41,68%, inferior à média nacional de 45,03%. Das 2.251.600 doses enviadas aos municípios goianos, apenas 1.652.418 foram aplicadas. A vacina está disponível para toda a população a partir dos 6 meses de idade.
A subsecretária de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, reforça que a vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenir formas graves da doença. “Temos em 7 meses a quantidade de casos de todo o ano de 2024. A vacina evita os casos graves e óbitos por Srag, principalmente por Influenza. Temos vacina para Covid-19 e Influenza e precisamos que as pessoas busquem a proteção, principalmente para idosos, gestantes e crianças, que são os que mais agravam e vão a óbito”, afirmou.
População infantil e idosa é a mais atingida
A análise por faixa etária mostra que crianças e idosos lideram as estatísticas de casos e mortes. Entre os 7.475 casos confirmados:
2.831 ocorreram em crianças menores de 2 anos;
827 em crianças de 2 a 4 anos;
710 em crianças de 5 a 9 anos;
1.658 em pessoas com mais de 60 anos.
Já entre os 471 óbitos confirmados até o momento:
310 foram de idosos com mais de 60 anos;
45 de pessoas entre 50 e 59 anos;
41 de crianças menores de 2 anos;
30 de adultos entre 40 e 49 anos.
Estado mantém ações emergenciais
Diante da escalada de casos, o Governo de Goiás instalou, em 15 de maio, a Sala de Situação de Doenças Respiratórias, responsável por monitorar a ocupação hospitalar e a evolução dos casos em tempo real. Em 30 de junho, o governo decretou estado de emergência por Srag e transformou a sala em Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Srag).
Com isso, o estado pôde implantar novos leitos específicos para Srag, estratégia considerada crucial diante do aumento progressivo da demanda por internações.
Reforço nas orientações à população
Além da vacinação, a SES orienta a população a manter medidas preventivas, como:
Evitar locais com aglomeração;
Higienizar as mãos com frequência;
Utilizar máscara ao apresentar sintomas gripais;
Procurar imediatamente uma unidade de saúde em caso de falta de ar ou outros sinais de agravamento.
A secretaria também alerta que a baixa adesão à vacina pode comprometer a capacidade de resposta do sistema de saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.
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