Uma manifestação em apoio à Palestina realizada nesta terça-feira (23), em Londres, terminou com prisões realizadas com base na Lei Antiterrorismo britânica. Entre elas está a ativista sueca Greta Thunberg, de 22 anos, segundo informaram organizações de campanha que acompanham o caso no Reino Unido.
De acordo com esses grupos, a detenção ocorreu após Greta Thunberg exibir um cartaz com a frase: “Eu apoio os prisioneiros da Ação Palestina. Eu me oponho ao genocídio”. O governo britânico classifica a Ação Palestina como grupo terrorista, o que torna crime a demonstração pública de apoio à organização.
A polícia informou que, durante a mesma ação, duas pessoas foram presas por arremessarem tinta vermelha contra um prédio. Ainda segundo as autoridades, uma mulher de 22 anos chegou posteriormente ao local e foi detida por exibir um cartaz em apoio a uma organização proibida. “Ela foi presa por exibir um objeto — neste caso, um cartaz — em apoio a uma organização proibida, em violação ao Artigo 13 da Lei Antiterrorismo de 2000”, afirmou um porta-voz.
A organização Prisioneiros pela Palestina declarou que o edifício foi alvo do protesto por ser utilizado por uma seguradora que, segundo o grupo, presta serviços à filial britânica da empresa israelense de defesa Elbit Systems.
Não é a primeira vez que Greta é detida
No ano passado, Thunberg havia sido absolvida no Reino Unido de uma acusação de perturbação da ordem pública, após a Justiça concluir que a polícia não tinha autoridade para realizar prisões durante um protesto em Londres.
Greta Thunberg sendo deportada de Israel com outros ativistas (Foto: Reprodução/ @IsraelMFA)
Em outubro, Greta também foi detida por Israel após integrar a Flotilha Global Sumud, interceptada quando tentava chegar à Faixa de Gaza com ajuda humanitária. À época, o Ministério das Relações Exteriores israelense afirmou: “Mais 171 provocadores da flotilha Hamas–Sumud, incluindo Greta Thunberg, foram deportados hoje de Israel”.








