O Kremlin reagiu pela primeira vez ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o envio de dois submarinos nucleares e pediu “grande prudência” ao tratar de armas nucleares. A declaração foi feita nesta segunda-feira (4) pelo porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, durante entrevista coletiva.
A manifestação ocorreu após Trump afirmar, em uma postagem na rede Truth Social, que mobilizou submarinos para “regiões apropriadas”, em resposta a declarações de Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia. Medvedev, que também foi presidente do país, disse que os EUA deveriam se lembrar do sistema de retaliação nuclear soviético conhecido como “Mão Morta”.
Segundo Peskov, todos devem ser muito, muito prudentes em suas declarações sobre o tema nuclear. Ele ressaltou que os submarinos americanos já estão regularmente em serviço e que o movimento não é visto pelo Kremlin como um sinal de escalada nas tensões com os Estados Unidos. “Não desejamos ser arrastados para uma polêmica desse tipo”, afirmou.
O governo russo evitou comentar se pediu a Medvedev que reduzisse o tom das declarações. Embora Medvedev ocupe hoje um cargo secundário, suas falas costumam repercutir internacionalmente e são interpretadas como parte do discurso estratégico de Moscou.
Trump não detalhou a localização dos submarinos nem se estão equipados com ogivas nucleares. A Marinha dos Estados Unidos opera atualmente 71 submarinos movidos a energia nuclear, dos quais 14 têm capacidade de lançar mísseis balísticos nucleares.
Desde que reassumiu a presidência, Trump vinha mantendo uma postura de menor atrito com Vladimir Putin. Nas últimas semanas, porém, passou a cobrar o fim da ofensiva militar russa na Ucrânia e sinalizou que poderá impor novas sanções caso Moscou não mude sua posição.
O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, deve ir à Rússia ainda nesta semana. A visita ocorre antes do prazo final estabelecido por Trump para que o Kremlin encerre a guerra na Ucrânia, marcado para o dia 8 de agosto.
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