Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (31/7) sanções contra membros da Autoridade Palestina (AP) e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), acusando ambas de violar compromissos firmados em tratados internacionais. A medida inclui o cancelamento de vistos de entrada nos EUA para autoridades palestinas, cujos nomes não foram divulgados.
Segundo o Departamento de Estado, a decisão está baseada em dispositivos legais como o PLO Commitments Compliance Act (1989) e o Middle East Peace Commitments Act (2002), que determinam que a AP e a OLP devem cumprir obrigações em apoio às Resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança da ONU. O governo americano sustenta que os dois grupos têm adotado práticas que minam os esforços por um acordo de paz com Israel.
A nota cita ações promovidas por palestinos em organismos internacionais, como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Corte Internacional de Justiça (CIJ), que ferem os termos dos acordos anteriores. Em novembro de 2024, o TPI emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, acusados de crimes de guerra. A CIJ, por sua vez, conduz investigação sobre possível genocídio em Gaza.
Além disso, os EUA acusam a AP e a OLP de incentivar o terrorismo por meio da glorificação da violência, inclusive em livros escolares, e de conceder benefícios a palestinos presos por ações classificadas como terroristas.
“É necessário impor consequências e responsabilizar a OLP e a AP por não cumprirem seus compromissos e prejudicarem as perspectivas de paz”, afirmou o Departamento de Estado.
O anúncio foi feito enquanto o enviado especial americano Steve Witkoff está em Israel. As negociações por um cessar-fogo, mediadas pelo Catar, seguem paralisadas, enquanto os EUA e Israel se veem isolados em meio a um processo de países ocidentais em reconhecer o Estado palestino na ultima semana.
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