Pelo menos 73 palestinos foram mortos e cerca de 150 ficaram feridos neste domingo (20) enquanto buscavam ajuda humanitária na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. A maioria das vítimas foi registrada no norte do território, incluindo áreas como Beit Lahia e Jabalya, onde as Forças de Defesa de Israel (FDI) alertaram que há combates intensos em andamento. Ainda não está claro se os mortos no norte foram atingidos em um único ataque ou em múltiplos episódios.
Em resposta, o Exército israelense afirmou que suas tropas dispararam tiros de advertência diante de uma “ameaça imediata” identificada entre os civis reunidos. As FDI disseram estar cientes das alegações sobre vítimas e que investigam os fatos.
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Paralelamente, hospitais da região operam em estado crítico. Segundo o diretor do Hospital Al-Shifa, Mohammed Abu Salmiya, a unidade enfrenta um “colapso catastrófico” diante do grande número de mortos e feridos, além da chegada constante de civis em estado de desnutrição severa.
O Crescente Vermelho Palestino confirmou ter recebido 120 feridos neste domingo apenas no hospital de campanha Al-Saraya, na Cidade de Gaza, e abriu leitos extras para atender à demanda. Enquanto isso, a violência se repete: no sábado, outros 32 civis foram mortos durante a espera por alimentos em Rafah. Desde o fim de maio, cerca de mil palestinos teriam morrido tentando conseguir ajuda, de acordo com autoridades locais e com o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos — um número que denuncia o agravamento da crise humanitária e coloca em xeque a segurança de corredores de assistência em meio ao conflito.
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