O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reuniu-se na última segunda-feira (14), em Kiev, com o enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg. O encontro teve como foco o fortalecimento das defesas aéreas ucranianas e os esforços conjuntos para aquisição de armamentos com apoio europeu.
A reunião ocorreu um dia após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar o envio de mísseis de defesa aérea Patriot para a Ucrânia, e horas antes da expectativa de um novo plano de Washington para o fornecimento de armas ofensivas a Kiev.
Zelensky relatou os temas abordados em publicação nas redes sociais. Segundo ele, discutiram o caminho para a paz e medidas práticas para acelerar esse processo. “Isso inclui o fortalecimento da defesa aérea da Ucrânia, a produção conjunta e a aquisição de armas de defesa em colaboração com a Europa. E, claro, sanções contra a Rússia e aqueles que a ajudam.”
O governo ucraniano vem intensificando os pedidos por reforço aéreo diante do aumento dos ataques russos sobre cidades como Kiev. Trump, que iniciou seu segundo mandato com postura mais conciliatória em relação a Moscou, tem sinalizado nas últimas semanas uma mudança de tom, motivada pela intensificação dos bombardeios por parte da Rússia.
Ainda na noite de domingo (13), drones ucranianos atingiram um centro de treinamento na Usina Nuclear de Zaporizhzhia, controlada por forças russas desde as primeiras semanas da guerra. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pela administração da instalação, que é ligada ao governo russo. De acordo com o comunicado, “o inimigo usou três veículos aéreos não tripulados”, mas “nenhum dano crítico” foi registrado.
O bombardeio ocorreu após a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ter relatado, no sábado (12), centenas de disparos de armas de pequeno porte nas proximidades da usina. Ambos os lados trocam acusações frequentes sobre ações que podem comprometer a segurança nuclear no local.
Embora não esteja operando comercialmente, a usina de Zaporizhzhia, maior da Europa, continua necessitando de fornecimento de energia para resfriamento do combustível nuclear. A administração afirmou que a instalação “continua operando normalmente, com todas as precauções de segurança necessárias em vigor”.
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