O tempo continua firme e seco em todo o Estado de Goiás nesta terça-feira (17), cenário que se mantém há semanas e que preocupa autoridades e população. Segundo o Cimehgo, não há previsão de chuvas significativas para nenhuma das regiões goianas, que enfrentam um longo período de estiagem. Em localidades do Sul, Sudoeste e Oeste do Estado, a ausência de precipitações já ultrapassa 40 dias, contribuindo para o ressecamento do solo e da vegetação.
Na capital, o sol predomina ao longo do dia, com variação de nuvens e temperaturas que podem alcançar os 30 °C. A umidade relativa do ar apresenta níveis críticos, oscilando entre 35% e 85%, com as menores taxas registradas durante as horas mais quentes da tarde.
Essa baixa umidade pode causar desconforto respiratório, irritação nos olhos e ressecamento da pele, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas. Cidades como Porangatu, Jataí, Luziânia, Formosa e Itumbiara vivem condições semelhantes, com céu claro, temperaturas amenas a elevadas e umidade baixa.
Esse cenário prolongado de tempo seco, acompanhado pelo calor moderado, aumenta significativamente o risco de queimadas em todas as regiões goianas. O Cimehgo e órgãos ambientais locais reforçam o alerta para que a população redobre os cuidados e evite práticas que possam desencadear incêndios, como a queima de lixo, restos agrícolas e uso inadequado do fogo em áreas rurais. Dados apontam que a maior parte dos focos de incêndio é causada por ações humanas, muitas vezes involuntárias, mas com consequências graves para o meio ambiente, a fauna, a flora e a saúde pública.
Parques estaduais como o dos Pirineus, Serra Dourada e Altamiro de Moura Pacheco estão em estado de alerta máximo devido à vulnerabilidade ao fogo, exigindo atenção redobrada das equipes de brigadistas e fiscalização. A população é incentivada a denunciar qualquer sinal de fumaça ou queimadas por meio dos canais oficiais para agilizar o combate e prevenir danos maiores.
Leia mais: Goiás enfrenta aumento recorde de focos de incêndio e amplia combate com operação estadual
Além do impacto ambiental, o prolongamento da estiagem tem efeitos diretos no abastecimento de água. Rios importantes como o Araguaia, Vermelho e Meia Ponte apresentam níveis abaixo da média histórica para o período, comprometendo reservatórios, mananciais e o fornecimento para uso doméstico, agrícola e industrial. Em algumas localidades, já são notadas restrições no fornecimento, reforçando a necessidade de racionamento e uso consciente da água.
Especialistas alertam para o aumento dos episódios de doenças respiratórias e o agravamento das condições de saúde da população devido à baixa umidade do ar e à poluição provocada pela fumaça das queimadas. Por isso, é fundamental que moradores de áreas urbanas e rurais adotem medidas preventivas, evitando exposição prolongada ao sol e a ambientes com poeira e fumaça, além de manter hidratação constante.
O cenário indica que o tempo seco deve se estender nas próximas semanas, o que exige colaboração e atenção contínua para minimizar os impactos ambientais, sociais e econômicos no Estado de Goiás. A conscientização sobre os riscos e o respeito às normas de prevenção são essenciais para preservar os recursos naturais e garantir a saúde da população durante este período crítico. (Especial para O Hoje)
O post Seca prolongada gera preocupação com impactos na saúde e abastecimento apareceu primeiro em O Hoje.