O Exército de Israel anunciou no sábado (7) a recuperação do corpo de Nattapong Pinta, trabalhador agrícola tailandês sequestrado em 7 de outubro de 2023 por um grupo aliado ao Hamas. Ele vivia em uma comunidade israelense próxima à Faixa de Gaza e foi capturado durante os ataques coordenados que deram início à guerra. Segundo o governo israelense, Pinta foi morto ainda no início do cativeiro.
A operação que localizou o corpo ocorreu dois dias após a recuperação de outros dois reféns israelenses americanos também encontrados mortos em Gaza. A busca por reféns ainda vivos continua, mas Israel afirma que, dos 55 sequestrados que permanecem sob controle do Hamas, mais da metade pode já estar morta.
O corpo de Pinta foi encontrado com base em informações da força-tarefa de reféns e da inteligência militar. Após a recuperação, o ministro da defesa confirmou a repatriação do corpo. O Fórum dos Reféns, que reúne familiares e apoiadores dos sequestrados, afirmaram estar ao lado da família de Pinta “neste momento de profunda dor”. E ainda, fizeram um apelo para que as autoridades tragam os reféns restantes de volta e garantam um enterro digno aos que morreram.
A Tailândia foi o país com o maior número de cidadãos estrangeiros capturados nos ataques de outubro. Trabalhadores agrícolas tailandeses viviam em áreas próximas aos kibutzim do sul de Israel, que foram alvos prioritários dos militantes do Hamas no início da ofensiva. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Tailândia, 46 cidadãos tailandeses foram mortos desde o início do conflito. Antes da localização do corpo de Pinta, havia três tailandeses ainda considerados reféns, enquanto outros dois haviam sido confirmados como mortos.
Enquanto a operação de resgate do corpo de Pinta era feita, a ofensiva militar israelense em Gaza prosseguia. Bombardeios realizados no sábado deixaram ao menos 45 mortos, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. O número total de vítimas nas últimas 24 horas chegou a 95, segundo autoridades de Gaza.
Entre os ataques mais letais, quatro atingiram a região de Muwasi, entre Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. No norte, um bombardeio sobre um apartamento resultou na morte de sete pessoas, entre elas uma mulher e cinco crianças. Os corpos foram levados ao hospital Shifa. Funcionários do hospital Nasser informaram que outros seis civis morreram enquanto se deslocavam para buscar assistência alimentar.
O Exército de Israel declarou que os ataques são uma resposta contínua às ações do Hamas, que classifica como “bárbaras”, e reafirmou que segue os princípios do direito internacional, tomando medidas para minimizar danos à população civil. Em Tel al-Sultan, área considerada zona ativa de combate, soldados israelenses relataram a presença de indivíduos suspeitos durante a madrugada. Segundo o Exército, os militares tentaram afastá-los com alertas e disparos de advertência, mas, como os suspeitos continuaram a avançar, foram alvejados.
Essa recuperação reforça o peso do conflito para as famílias que aguardam respostas e a difícil realidade de quem vive em meio à guerra. Enquanto as operações militares seguem em curso, a busca pelos reféns e a preocupação com os civis continuam sendo desafios centrais.
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