O Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga recebeu um duelo sem gols no Campeonato Brasileiro Série B. Na noite desta sexta-feira (11), Vila Nova e Operário-PR empataram em 0 a 0 pela 16ª rodada da segunda divisão.
Como apontado pelo placar, os torcedores colorados tiveram poucas emoções pelas arquibancadas do estádio. O pênalti defendido por Halls no primeiro tempo foi o momento alto da partida, impedindo uma possível derrota dentro de casa. Além disso, o triunfo vilanovense levaria a equipe a dormir no G-4, com possibilidade de chegar à próxima rodada na zona de acesso. Considerando, claro, a derrota do Athletico-PR para o Goiás, o empate entre Chapecoense e Remo, e um possível tropeço do Avaí contra o Athletic (os dois primeiros cenários já confirmados).
Dessa forma, o Vila Nova soma 23 pontos no Campeonato Brasileiro Série B, e se mantém na 8ª colocação. O empate como mandante foi um pequeno obstáculo na escalada do Tigre após duas vitórias consecutivas no calendário, as quais colocaram o Vila de volta à briga pelo objetivo de chegar à elite do futebol brasileiro.
Nesse sentido, existem pontos e críticas repetitivas ao que é apresentado pelo Colorado desde o início da temporada. A essência desses problemas se encontra no setor ofensivo. O Vila Nova é um time que não gera perigo ao gol adversário. Isso ficou claro para os quase 9.000 torcedores que se dirigiram ao OBA com a esperança de retornar ao G-4.
Essa questão cerca o Tigre desde o comando de Rafael Lacerda. De um lado, uma parte da torcida se indignava com o estilo de jogo reativo, rotulando o gaúcho de ‘retranqueiro’. Do outro estava Lacerda, defendendo um futebol ‘organizado’, nas palavras dele. Independente do termo, o futebol apresentado pelo antigo treinador levou o Vila Nova a um título goiano que não era alcançado desde 2005. Mas o fato persiste, o sistema ofensivo nunca foi a grande virtude daquele Vila Nova, e aparentemente, poucas coisas mudaram.
Sobre a noite de sexta, os números apontam uma carência de ataque evidente, foram 10 finalizações nos 90 minutos, e atrelado a isto, 46% de posse de bola. As estatísticas demonstram um problema de agressividade. São números de uma equipe acostumada a segurar o resultado, pouco vazada, reativa, que não impõe um ritmo de ataque na partida. Um estilo conhecido na Série B, admitido por Luizinho Lopes em coletiva. O treinador concordou que o resultado poderia ser diferente, mas destacou a competitividade do Vila Nova diante do Operário-PR, citando os duelos físicos e defesa sólida.
A partir disso, voltando aos números, Luizinho elevou o nível da defesa Colorada, sofrendo apenas um gol nos últimos três duelos. Uma valência que volta a aflorar no time do Vila Nova. O que se espera é que o sistema ofensivo passe a responder nos próximos confrontos de forma mais eficiente. Para isso, a qualidade de Dodô precisa ser aproveitada com jogadas mais racionais. Em suma, a bola precisa chegar nos homens da frente, e quando chegar, precisa ser fatal. Dessa forma, a receita desse ataque parece se escorar no trio de meio-campo formado por Dodô, João Vieira e Igor Henrique, para que as chances de contra-ataque sejam melhor aproveitadas, com a bola no chão.
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