O ministro da Defesa da Venezuela, general Vladimir Padrino, afirmou nesta quinta-feira (2) que cinco aviões de combate dos Estados Unidos foram detectados próximos à costa do país, classificando a presença como uma ameaça direta à segurança nacional. Segundo Padrino, a aproximação das aeronaves foi reportada por uma torre de controle após relatos de uma companhia aérea.
“São aviões de combate imperialistas que ousaram se aproximar da costa venezuelana. A presença desses aviões voando perto de nosso Mar do Caribe é uma vulgaridade, uma provocação, uma ameaça à segurança da nação”, disse o ministro em uma base aérea, durante transmissão pela televisão estatal.
A denúncia ocorre em meio à mobilização de forças norte-americanas na região. Os EUA enviaram navios de guerra ao Caribe sob a justificativa de combater o tráfico de drogas e realizaram ataques a embarcações suspeitas de transportar entorpecentes, resultando na morte das pessoas a bordo. A Venezuela nega as alegações de Washington e acusa os norte-americanos de tentar interferir na soberania nacional.
Quatro lanchas de supostos narcotraficantes já foram destruídas nas últimas semanas. Padrino e autoridades locais consideram que o presidente Donald Trump estaria usando o narcotráfico como pretexto para desestabilizar Nicolás Maduro e controlar as reservas de petróleo do país.
As operações norte-americanas incluem a mobilização de dez aviões F-35 em Porto Rico e oito navios de guerra, que permanecem na região há quase um mês.
Ainda na quinta-feira, o jornal The New York Times, afirmou que um documento confidencial enviado pela Casa Branca ao Congresso classificou os cartéis de drogas como “combatentes ilegais” e reconheceu um “conflito armado” formal.