A União Europeia aprovou na última sexta-feira (18), em Bruxelas, o 18º pacote de sanções contra a Rússia desde o início da guerra na Ucrânia. O novo conjunto de medidas mira diretamente os setores energético, bancário e industrial-militar russos, e estabelece novos limites para a exportação e comercialização de petróleo bruto.
O principal destaque é a revisão do teto de preços do petróleo exportado por Moscou, que será reduzido para US$ 47,60 por barril. A UE transformou o limite anterior, fixado em US$ 60 desde 2022, em um mecanismo dinâmico: a cada seis meses, o valor será ajustado para manter-se 15% abaixo da média do mercado internacional.
Também foram proibidas transações com os gasodutos Nord Stream, que permanecem fechados, e suspensas operações com 22 bancos russos, o Fundo Russo de Investimento Direto e suas subsidiárias. A Comissão Europeia ainda incluiu mais 105 navios na lista negra da chamada “frota fantasma”, petroleiros utilizados para driblar sanções.
Outro ponto central é a proibição da importação de derivados refinados a partir de petróleo russo, mesmo quando reexportados com rótulo diferente por países como Índia e Turquia. A UE também impôs restrições a 11 empresas estrangeiras, entre elas quatro sediadas na China continental e três em Hong Kong, por facilitarem violações das sanções.
A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a UE está atingindo “o coração da máquina de guerra russa”. Já a diplomata Kaja Kallas classificou o pacote como um dos mais rigorosos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, agradeceu à União Europeia e reforçou o pedido por mais pressão sobre Moscou.
A aprovação só foi possível após a Eslováquia retirar seu veto, usado como barganha diante da proposta de eliminação gradual do gás russo até 2027. O governo eslovaco teme impactos econômicos e possíveis ações judiciais da Gazprom.
Em resposta, o Kremlin afirmou que as novas medidas da UE são ilegais e ainda ressaltou que a Rússia construiu imunidade às sanções ocidentais. Mas, ao mesmo tempo, é claro, já adquirimos uma certa imunidade às sanções, nos adaptamos à vida sob sanções”, disse Peskov.
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