A guerra entre Rússia e Ucrânia ganhou novos capítulos neste domingo (24), quando Kiev lançou uma série de ataques com drones contra alvos em território russo. A operação, que coincidiu com as celebrações do Dia da Independência ucraniana, provocou incêndios em instalações estratégicas e expôs mais uma vez a estagnação das tentativas de diálogo entre os dois países.
Um dos incidentes mais graves ocorreu na Usina Nuclear de Kursk, no oeste da Rússia. Um drone abatido explodiu ao cair sobre a área da instalação, iniciando um incêndio rapidamente controlado, segundo as autoridades locais. A administração informou que não houve vítimas nem alterações nos níveis de radiação. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reiterou sua preocupação com os riscos de combates próximos a centrais nucleares desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Moscou relatou ainda ataques em regiões afastadas da linha de frente. No porto de Ust-Luga, no Golfo da Finlândia, dez drones foram derrubados, mas um atingiu um terminal de combustíveis da Novatek, provocando chamas.
Nos últimos meses, a Ucrânia tem intensificado o uso de drones como forma de compensar a inferioridade militar em relação ao exército russo. A estratégia mira, sobretudo, a infraestrutura de petróleo, buscando reduzir as receitas de guerra de Moscou. Desde o início dessa campanha, os preços de combustíveis na Rússia dispararam, elevando o impacto interno do conflito.
Em contrapartida, Kiev voltou a ser alvo de fortes ataques. Na madrugada de domingo, a Rússia lançou um míssil balístico e 72 drones kamikaze Shahed de fabricação iraniana. A força aérea ucraniana disse ter derrubado 48 deles.
Em discurso, Zelensky afirmou que os ataques refletem a resposta do país quando seus apelos por paz são ignorados. “A Ucrânia ainda não venceu, mas certamente não perderá. Nossa independência está garantida. A Ucrânia não é vítima; é um lutador”, disse.
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