O governo dos Estados Unidos anunciou que poderá aplicar novas sanções contra autoridades brasileiras ligadas ao programa Mais Médicos. A declaração foi feita nesta quinta-feira (14/8) pelo Gabinete para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado e republicada pela embaixada norte-americana no Brasil.
Na nota, a diplomacia dos EUA voltou a acusar o Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) de utilizar o programa para contornar o embargo econômico imposto a Cuba. O texto classificou a iniciativa como um “esquema coercitivo de exportação de mão de obra” e afirmou que os responsáveis serão responsabilizados.
Segundo o comunicado, o programa teria explorado médicos cubanos e gerado recursos para o governo de Cuba. As autoridades norte-americanas sustentam que o formato de pagamento adotado permitia que parte dos salários dos profissionais fosse retida pelo regime cubano. Os valores eram enviados pelo governo brasileiro à OPAS, que, posteriormente, repassava os montantes ao governo cubano, conforme previsto em contrato.
Washington ameaça punir envolvidos no Mais Médicos
Na quarta-feira (13/8), os Estados Unidos cancelaram os vistos de dois brasileiros que participaram da implantação do Mais Médicos no país. Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman atuaram no Ministério da Saúde à época da implementação do programa.
Criado em 2013, o Mais Médicos tinha como objetivo suprir a carência de profissionais em áreas remotas e periferias do Brasil. Embora tenha ampliado o atendimento médico nessas regiões, a iniciativa foi alvo de críticas por parte dos EUA, que associam o modelo de contratação ao financiamento indireto do governo cubano.
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