Um terremoto de 6 graus de magnitude atingiu o leste do Afeganistão neste domingo (31), provocando uma tragédia de grandes proporções. De acordo com autoridades locais, o desastre já deixou mais de 800 mortos e cerca de 2.700 feridos, além de danos significativos em diversas comunidades da região.
O epicentro do tremor foi localizado a 27 km de Jalalabad, capital da província de Nangarhar, a uma profundidade de apenas oito quilômetros, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS). O impacto, porém, foi ainda mais devastador na província vizinha de Kunar, onde vilarejos inteiros sofreram destruição. O terremoto foi seguido por cinco tremores secundários, sentidos a centenas de quilômetros de distância.
O governo talibã, no poder desde 2021, mobilizou equipes de resgate e anunciou 40 voos de helicópteros para levar ajuda humanitária e retirar feridos e corpos das áreas mais atingidas. As autoridades alertam que o número de vítimas pode aumentar, já que muitas comunidades estão em regiões remotas e de difícil acesso.
Além do terremoto, a província de Nangarhar já havia enfrentado, na noite de sexta-feira (29), inundações que deixaram cinco mortos e destruíram colheitas. O cenário agrava a crise humanitária em um país marcado por quatro décadas de guerra e pela redução da ajuda internacional desde a volta dos talibãs ao poder.
O Afeganistão está situado em uma região de intensa atividade sísmica, na cadeia montanhosa de Hindu Kush, onde as placas tectônicas eurasiática e indiana se encontram. Nos últimos anos, o país foi palco de diversos tremores devastadores: em 2022, um abalo de 5,9 graus matou mais de mil pessoas em Paktika; em 2023, outro terremoto na cidade de Herat deixou mais de 1.500 mortos e destruiu 63 mil casas.
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