O número de casos suspeitos de intoxicação por metanol subiu para três em Goiás, conforme informou a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) nesta sexta-feira (19). Os registros ocorreram em diferentes municípios e envolvem pacientes com quadros graves e moderados, que seguem sob acompanhamento médico em hospitais da região e no Distrito Federal. A Polícia Civil investiga a origem das bebidas ingeridas.
O primeiro caso é de uma paciente de 25 anos, moradora de Itapaci. Ela teria consumido bebidas alcoólicas há dois dias em Guarinos. A jovem, que possui diabetes e obesidade, foi internada com insuficiência respiratória e evoluiu para insuficiência renal. O quadro exigiu transferência imediata para o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu. Atualmente, ela está entubada, em estado grave, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A SES informou que uma força-tarefa enviou, por aeronave do Corpo de Bombeiros, o antídoto para o hospital.
O segundo caso foi registrado em Formosa. Um paciente de 20 anos apresentou visão turva, náuseas e vômitos após ingerir vodka. Ele está internado no Hospital Estadual da cidade, consciente e orientado. Os exames iniciais foram realizados, e o jovem permanece em observação no pronto-socorro, sob avaliação contínua da equipe médica. A Polícia Civil já foi acionada para ouvir o paciente e rastrear a procedência da bebida consumida.
O terceiro caso suspeito ocorreu em Padre Bernardo. Um homem de 47 anos foi internado em estado grave no Hospital Santa Maria, no Distrito Federal, após passar pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brazlândia. O paciente, que tem hipertensão e obesidade, apresentou insuficiência respiratória aguda, rebaixamento de consciência e pneumonia broncoaspirativa, com necessidade de intubação. No veículo dele foram encontrados vodka, cerveja, outros destilados e energéticos, comprados em um comércio da região conhecido como “Vendinha”. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATOX-DF) orientou medidas emergenciais, como a correção da acidose metabólica e o controle de desequilíbrios hidroeletrolíticos.
De acordo com a SES, todos os registros atendem aos critérios definidos pelo Ministério da Saúde para casos suspeitos de intoxicação por metanol. Os pacientes permanecem internados e sob monitoramento da vigilância epidemiológica estadual. A investigação prossegue para identificar a origem das bebidas e evitar novos casos.