A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (24/9), a Operação Certame Fake, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso responsável pela criação e manutenção de um site fraudulento que simulava a realização de concurso público da própria PF.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, que resultaram na apreensão de notebooks utilizados na prática criminosa.
Segundo as investigações, os responsáveis criaram um ambiente virtual que usava indevidamente o nome e os símbolos oficiais da Polícia Federal, oferecendo vagas inexistentes e cobrando valores referentes a supostas taxas de inscrição. A página já foi retirada do ar.
Segundo as investigações, o grupo usava indevidamente o nome e os símbolos oficiais da PF para oferecer vagas inexistentes, cobrando taxas de inscrição de vítimas que acreditavam estar participando de um certame real.
O delegado regional de combate ao crime organizado da PF em Goiás, Rodrigo Teixeira, explicou como a operação começou:
“O início dessa investigação se deu a partir de uma notícia anônima apresentada à Diretoria de Crimes Cibernéticos em Brasília. Após uma averiguação prévia, identificou-se que os criminosos estavam sediados em Goiânia. Foi feito o pedido de busca e apreensão junto aos possíveis autores e hoje cumprimos os mandados, apreendendo elementos de prova que serão analisados para entender a dinâmica e o tamanho do esquema criminoso.”
Rodrigo destacou ainda que não houve fraude em concursos já existentes, mas sim a simulação de um certame inexistente:
“O crime em si é o estelionato. Eles criavam uma página falsa, as pessoas forneciam seus dados, pagavam uma taxa acreditando ser um concurso da Polícia Federal, mas esse dinheiro ia para os estelionatários. Não houve fraude em nenhum concurso verdadeiro.”
De acordo com o delegado, o site fraudulento foi retirado do ar ainda em abril, quando a fraude foi detectada pela Diretoria de Crimes Cibernéticos. O material apreendido nesta quarta-feira será analisado para dimensionar o alcance da prática.
“O número de vítimas ainda é indeterminado. Com a análise do material, talvez possamos chegar a algumas delas ou até a todas”, acrescentou Rodrigo Teixeira.
A Polícia Federal apura a prática dos crimes de estelionato eletrônico e uso indevido de símbolos da União, sem descartar novas tipificações que possam surgir no decorrer das investigações.
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