A guerra em Gaza completou dois anos nesta terça-feira (7), marcando a data dos ataques do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, que deixaram cerca de 1.200 mortos. O aniversário do conflito reacendeu manifestações em diferentes partes do mundo e levou chefes de Estado a reforçarem pedidos pela paz.
Em Israel, cerimônias e homenagens relembraram as vítimas do ataque, enquanto atos em defesa tanto de Israel quanto da Palestina se espalharam por várias cidades do mundo. O clima de comoção foi acompanhado de pronunciamentos de líderes internacionais.
Chefes de Estado sobre a Gaza
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, defendeu o aumento da ajuda humanitária em Gaza e o avanço de negociações que levem a uma paz duradoura. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia “nunca esquecerá o horror” dos ataques do Hamas e destacou a importância de aproveitar o atual momento diplomático, em referência às negociações no Egito, para abrir caminho a uma solução de dois Estados.
Na França, Emmanuel Macron afirmou que “a dor continua profunda” e pediu um cessar-fogo imediato, além da libertação dos reféns. Segundo ele, é preciso garantir que “tal abominação nunca mais se repita”.
O espanhol Pedro Sánchez classificou o 7 de outubro como um dia para “reiterar nossa veemente condenação ao terrorismo em todas as suas formas” e reforçou que o diálogo e o reconhecimento mútuo entre israelenses e palestinos são “a única via possível” para um futuro de paz.
O primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, disse que “esta guerra precisa acabar” e condenou a crise humanitária em Gaza, mencionando “massacre e fome terríveis”. Já o sueco Ulf Kristersson lembrou que os ataques representaram “o pior assassinato em massa de judeus desde o Holocausto” e reafirmou que “a Suécia será sempre um país seguro para os judeus”.
Da Grécia, Kyriakos Mitsotakis declarou que seu país se mantém “firmemente contra o ódio e a violência”, pedindo um “cessar-fogo duradouro” e a libertação dos reféns. O luxemburguês Luc Frieden reforçou a mensagem, afirmando que “violência e terror não têm lugar em nosso mundo”.
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