O número de mortes por intoxicação por metanol subiu para nove no estado de São Paulo, conforme boletim divulgado pelo governo estadual na noite desta sexta-feira (24/10). O levantamento aponta também 44 casos confirmados e outros 14 ainda em investigação.
Intoxicação por metanol
De acordo com as informações, as novas vítimas são um homem de 26 anos e uma mulher de 27 anos, moradora de Osasco. Ambas teriam apresentado sintomas após o consumo de bebidas contaminadas. Entre os casos fatais, quatro ocorreram na capital paulista, três em Osasco, um em São Bernardo do Campo e outro em Jundiaí.
As autoridades informaram que seguem em análise a morte de um homem de 49 anos em Piracicaba, além de outros registros suspeitos em diferentes regiões do estado. O governo reforçou a necessidade de que a população denuncie locais de venda irregular de bebidas alcoólicas.
A investigação aponta que parte dos casos está relacionada ao consumo de bebidas adulteradas em bares e eventos. Em um dos episódios, dois homens teriam ingerido álcool contaminado no bairro da Mooca, na zona leste da capital. A Polícia Civil segue apurando a origem do produto e os responsáveis pela fabricação e distribuição.
Casos de intoxicação por metanol deixam nove mortos no estado. Foto: Divulgação
O metanol é um composto químico utilizado em processos industriais, especialmente na produção de solventes e combustíveis. Apesar de semelhante ao etanol, o metanol é altamente tóxico. Segundo especialistas, a ingestão de pequenas quantidades — cerca de 10 mililitros — pode causar cegueira, enquanto doses acima de 30 mililitros são potencialmente letais.
Os sintomas iniciais de intoxicação incluem náusea, tontura, dor abdominal e visão turva. Em muitos casos, o quadro é confundido com os efeitos de uma ressaca comum, o que dificulta o diagnóstico precoce. As autoridades de saúde alertam que a rapidez no atendimento é fundamental para evitar sequelas neurológicas e visuais graves.
Em âmbito nacional, já foram registradas 15 mortes por intoxicação por metanol: nove em São Paulo, três em Pernambuco e três no Paraná. Outras nove mortes permanecem em investigação em cinco estados.
O governo paulista informou que mantém ações de fiscalização em parceria com a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária para coibir a comercialização irregular de bebidas alcoólicas. As equipes verificam rótulos, procedência dos produtos e licenças dos estabelecimentos.







