Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o número de óbitos por síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs), principalmente provocadas pelo vírus Influenza H1N1, cresceu 53% em apenas uma semana, chegando a 268 mortes em 2025.
O Estado registrou até o momento quase 5 mil casos de SRAG, um aumento de 26% em relação ao ano passado, de acordo com boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O crescimento acelerado tem sobrecarregado unidades de saúde e acendido um alerta para as autoridades.
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A gripe H1N1 é a principal responsável pelas mortes associadas às síndromes respiratórias, atingindo principalmente idosos e crianças pequenas; grupos considerados prioritários para a vacinação. A baixa cobertura vacinal agrava a situação: em Goiás, menos de 60% do público-alvo está imunizado contra a gripe, distante da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde.
Além da doença, o coronavírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) também contribuem para o aumento dos casos graves, especialmente nas internações pediátricas. A combinação de fatores climáticos, como tempo seco e queda de temperatura típicos do outono e inverno, favorece a disseminação dos vírus respiratórios e o agravamento dos sintomas.
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As autoridades reforçam a importância da vacinação contra a gripe e o reforço do imunizante contra a Covid-19 para idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades. Medidas simples como higiene das mãos, uso de máscaras por pessoas com sintomas e evitar ambientes fechados com aglomeração são recomendadas para conter o avanço da doença.
O Governo de Goiás intensifica campanhas para aumentar a imunização e orienta a população a buscar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas graves, como falta de ar e febre persistente. A SES-GO alerta que o quadro pode piorar nas próximas semanas sem o engajamento coletivo nas medidas preventivas. (Especial para O Hoje)