O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou nesta terça-feira (17) o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para anular o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A solicitação da defesa do ex-presidente aconteceu na última segunda-feira (16), após a revista Veja publicar que Cid teria mentido na oitiva na Suprema Corte, na última semana. O ex-ajudante de ordens é um dos réus por tentativa de golpe de Estado — o único com acordo de delação premiada.
O entendimento de Moraes é que o atual momento da ação penal não é adequado para análise de anulação de acordo. Além disso, o ministro garantiu na decisão proferida que o pedido já foi negado anteriormente durante a tramitação do processo.
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“Dessa maneira, o atual momento processual é absolutamente inadequado para pedidos protelatórios, caracterizados por repetição de pedidos indeferidos anteriormente”, afirmou o magistrado. A defesa do ex-presidente alegou que Cid descumpriu as cláusulas de sigilo assinadas no acordo com a Polícia Federal (PF), a respeito das investigações da trama golpista.
Durante o depoimento prestado no STF, Cid foi questionado pelos advogados de Bolsonaro. Na ocasião, o ex-ajudante de ordens negou a utilização dos perfis do Instagram, @gabrielar702 e Gabriela R — identificados com o mesmo nome da esposa do tenente-coronel —, para se comunicar com demais investigados. Além disso, o militar afirmou não saber se o perfil era de sua esposa.
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