Mísseis lançados pelo Irã atingiram o hospital Soroka, na cidade de Bershebá, no sul de Israel, e outros locais, inclusive a capital Tel Aviv, causando ao menos 47 feridos em todo o país. O ataque ocorre após o governo de Benjamin Netanyahu anunciar ações contra instalações nucleares iranianas.
Segundo o Ministério da Saúde israelense, 71 pessoas sofreram ferimentos leves no hospital e uma precisou de atendimento por um ataque de pânico. No total, 271 pessoas buscaram socorro após os ataques na manhã de quinta-feira, quatro em estado grave.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou o ataque direto ao hospital Soroka, um dos principais da região. Em sua conta no X, o órgão detalhou o número de feridos e a gravidade dos casos.
Em resposta, Netanyahu afirmou nas redes sociais, “Cobraremos o preço integral dos tiranos de Teerã”, prometendo retaliação.
Do lado iraniano, a Guarda Revolucionária declarou que mirou um centro de inteligência israelense “perto de um hospital”. A agência estatal Irna informou que o “centro de comando e inteligência do governo israelense foi o alvo de um ataque preciso”.
Antes do ataque iraniano, Israel anunciou que atingiu um reator nuclear iraniano inativo, localizado em Arak. O Exército afirmou que o reator era um “componente chave na produção de plutônio”, elemento que poderia ser usado para fabricar armas nucleares. A instalação foi modificada em 2015, conforme acordo nuclear com os Estados Unidos, para impedir o uso bélico.
O Irã confirmou o ataque e negou risco de radiação. Informou que os projéteis atingiram área próxima à instalação, já evacuada.
Até quarta-feira foram contabilizadas 585 mortes no Irã e 24 em Israel, incluindo comandantes militares e nove cientistas do programa nuclear iraniano, segundo a ONG Human Rights Activists.
Além disso, o Irã permanece com a internet cortada desde quarta-feira , segundo monitoramento do Netblocks, medida adotada em resposta a alegações do governo de que Israel estaria utilizando a rede para ações militares. Paralelamente, canais de comunicação estatais enfrentaram uma breve invasão, com transmissões substituídas por imagens de protestos e convocações para manifestações popularesíti
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