O venezuelano Nicolás Maduro anunciou nesta quinta-feira (11) a implantação de defesas militares, policiais e civis em 284 pontos estratégicos do país, definidos pelo governo como “frentes de batalha”. Maduro não detalhou a quantidade de militares ou milícias civis envolvidas, mas alegou que a medida é necessária diante de ameaças das Forças Armadas dos Estados Unidos para removê-lo do poder.
Em transmissão pela televisão estatal, de Ciudad Caribia, na costa central, Maduro disse: “Estamos prontos para uma luta armada, se for necessário. Ao longo de toda a costa venezuelana, da fronteira com a Colômbia até o leste do país, de norte a sul e de leste a oeste, temos uma preparação completa das tropas oficiais”. O governo já havia reforçado a fronteira com a Colômbia com 25 mil soldados adicionais.
O ministro do Interior, Diosdado Cabello, ressaltou que o país está preparado para uma “guerra prolongada” e afirmou que até setores da oposição teriam se engajado na defesa da pátria. “Nós estamos preparados faz tempo para qualquer guerra prolongada. Este povo está preparado. E para a surpresa de alguns lacaios, até setores opositores se juntaram à iniciativa de defender a pátria”, declarou.
A declaração ocorre em meio à presença de pelo menos sete navios de guerra e um submarino nuclear dos EUA, com mais de 1.400 fuzileiros navais, na costa venezuelana. A Casa Branca afirma que a movimentação visa combater o narcotráfico, mas também acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferece US$ 50 milhões de recompensa por informações que levem à sua prisão.
O governo chavista rejeita as acusações e considera que o movimento norte-americano busca mudar o regime. Cabello afirmou: “Sabemos que isso não tem nada a ver com drogas, querem sair da Revolução Bolivariana, o que eles chamam de mudança de regime”.
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