Em meio à tensão comercial com os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta segunda-feira (28), a decisão de Donald Trump de impor tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto. Ao participar da inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Rio de Janeiro, Lula afirmou que espera bom senso do governo norte-americano e defendeu uma saída diplomática.
“Eu espero que o presidente dos Estados Unidos reflita a importância do Brasil. E eu vou fazer aquilo que, no mundo civilizado, a gente faz. Senta numa mesa, coloca a divergência de lado e vamos tentar resolver”, disse o presidente, ao sugerir que o Brasil está aberto à negociação, desde que com respeito mútuo. Segundo Lula, a medida anunciada por Trump foi influenciada por pressões do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teria viajado aos EUA para articular a taxação com o objetivo de proteger seu pai, Jair Bolsonaro (PL), de punições judiciais no Brasil.
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Além disso, ao mencionar o caso, Lula fez críticas duras e comparou a atitude do parlamentar a episódios históricos de traição. Ao mesmo tempo, lembrou que o Brasil mantém uma relação diplomática de mais de 200 anos com os Estados Unidos.
Lula também reforçou o discurso de soberania sobre os recursos naturais do País. Conforme explicou, empresas interessadas na exploração de minérios deverão seguir regras rígidas e prestar contas ao Estado brasileiro. Para Lula, o desenvolvimento nacional passa, necessariamente, pelo controle das riquezas por parte do povo.
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