O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o Ministério da Fazenda elabore uma lista de possíveis retaliações às sanções comerciais impostas pelo governo de Donald Trump. A decisão foi tomada após o anúncio, em julho, de um tarifaço que eleva para 50% a taxa sobre produtos importados do Brasil.
Na ocasião, Lula solicitou diagnósticos sobre setores estratégicos, como a indústria farmacêutica e o de óleo e gás, e pediu dados sobre medicamentos importados dos EUA, insumos de produção e alternativas de compra em outros países. O objetivo é avaliar, com base na Lei da Reciprocidade, quais medidas podem ser acionadas para proteger a economia nacional.
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Nesta terça-feira (5), o presidente voltou a cobrar a relação de contramedidas, que deve ser apresentada na próxima semana. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a elaboração do inventário envolve também as pastas da Indústria e das Relações Exteriores.
Lula já determinou a criação de um Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, previsto na Lei da Reciprocidade, para coordenar a resposta brasileira. Embora a legislação permita inclusive a produção no País de medicamentos patenteados no exterior em casos de ameaça econômica, o governo descarta, por ora, a quebra de patentes.
O Planalto afirma que mantém disposição para negociar com os EUA, mas não abrirá mão de acionar instrumentos legais para resguardar os interesses do Brasil. (Especial para O HOJE)
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