Líderes políticos ao redor do mundo elogiaram a iniciativa de paz em Gaza, anunciada na segunda-feira (29/9), pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proposta, apresentada ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, inclui cessar-fogo imediato, troca de reféns por prisioneiros palestinos, retirada gradual de tropas israelenses, desarmamento do Hamas e um governo de transição sob supervisão internacional.
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, disse em publicação no X que o país saúda o plano de Trump e defendeu medidas urgentes. “Como próximo passo crucial, o Hamas deve libertar imediatamente todos os reféns. Canadá está pronto para apoiar a entrega sustentada, desimpedida e em larga escala de ajuda humanitária para Gaza e por toda a região”, escreveu. Ele acrescentou que continuará a trabalhar por “uma paz justa e duradoura, baseada no progresso atual, com um Estado da Palestina soberano, democrático e viável, construindo seu futuro em paz e segurança com o Estado de Israel”.
Na Holanda, o primeiro-ministro Dick Schoof afirmou que a expectativa é de que o fim da guerra esteja próximo. “Agora cabe ao Hamas aceitar também. Um cessar-fogo, acesso seguro a ajuda humanitária em massa e a libertação de todos os reféns são essenciais. Este deve ser um passo sério em direção à única solução sustentável possível – a solução de dois Estados”, declarou.
O premiê espanhol Pedro Sánchez afirmou no X, que era hora de “cessar a violência” e “de todos os reféns serem libertados imediatamente”. Sánchez ainda declarou que a única solução para o conflito é a existência dos dois Estados.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, elogiou a liderança de Trump. Segundo ele, os esforços do presidente norte-americano foram decisivos para “interromper o derramamento de sangue em Gaza e alcançar um cessar-fogo”. Erdogan assegurou que a Turquia “continuará a contribuir para o processo com o objetivo de estabelecer uma paz justa e duradoura, aceitável para todas as partes”.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, declarou-se encorajado pela resposta positiva de Netanyahu e pediu que todas as partes aproveitem o momento.
Na Austrália, o primeiro-ministro Anthony Albanese declarou que o país apoia integralmente a proposta: “Acolhi com satisfação a oportunidade de discutir este plano com outros líderes na última semana”. Albanese ainda reforçou o compromisso de negar ao Hamas qualquer chance de governança. E finalizou afirmando que o plano reflete uma “clara rejeição à anexação e ao deslocamento forçado de palestinos” e destacou o reconhecimento do direito palestino à autodeterminação.
O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, afirmou que Trump está preparado para contribuir com a implementação do plano. “Também acredito firmemente que o presidente Trump está totalmente preparado para ajudar em qualquer situação necessário para que este entendimento extremamente importante e urgente se torne realidade”, declarou, elogiando também o papel do enviado especial Steve Witkoff.
Apesar das manifestações de apoio, a posição do Hamas segue indefinida. O grupo disse que analisaria o plano “de boa-fé” antes de responder oficialmente, contudo não definiu um prazo.
Em contrapartida, Trump afirmou a jornalistas nesta terça-feira (30/9) que o prazo seria de “três ou quatro dias. Vamos ver como será. Todos os países árabes estão inscritos. Os países muçulmanos estão inscritos. Israel está inscrito”.
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