O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, alertou nesta terça-feira (15) que países como Brasil, China e Índia podem sofrer sanções econômicas severas caso mantenham relações comerciais com a Rússia e o governo de Vladimir Putin não avance nas negociações de paz com a Ucrânia. O recado foi dado durante visita de Rutte aos Estados Unidos, onde ele se reuniu com o presidente Donald Trump e com congressistas no Capitólio.
Rutte indicou que sanções secundárias podem atingir duramente os parceiros comerciais de Moscou. “Se você for o presidente da China, o primeiro-ministro da Índia ou o presidente do Brasil e ainda estiver negociando com os russos e comprando seu petróleo e gás (…), às vezes antes de vendê-los por um preço mais alto, saiba que, se esse cara em Moscou não levar as negociações de paz a sério, eu lhe imporei sanções secundárias de 100%”, afirmou o secretário-geral da aliança militar.
O chefe da Otan também disse que as consequências podem ser massivas. “Meu incentivo a esses três países, em particular, é que, se você mora em Pequim, ou em Delhi, ou é o presidente do Brasil, talvez queira analisar isso, porque pode ser muito prejudicial”, afirmou. Ele completou: “Então, por favor, liguem para Vladimir Putin e digam a ele que ele precisa levar as negociações de paz a sério, porque, caso contrário, isso vai prejudicar o Brasil, a Índia e a China de forma massiva”.
As declarações ocorrem um dia após Donald Trump anunciar o envio de novas armas para a Ucrânia e ameaçar impor tarifas secundárias caso um cessar-fogo não seja alcançado em até 50 dias. Segundo Rutte, a medida faz parte da estratégia de “pressão máxima” sobre Moscou e pode afetar diretamente três dos cinco países fundadores do Brics, grupo criticado por Trump.
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