Começou na manhã desta terça-feira (19), às 8h30, o júri popular de sete policiais militares suspeitos de participação na chamada chacina de Cavalcante, que resultou na morte de quatro homens em janeiro de 2022. Devido ao grande número de réus e testemunhas, o julgamento pode se estender até quinta-feira (21).
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), os sargentos Aguimar Prado de Morais e Mivaldo José Toledo, o cabo Jean Roberto Carneiro dos Santos e os soldados Luís César Mascarenhas Rodrigues, Ítallo Vinícius Rodrigues de Almeida, Welborney Kristiano Lopes dos Santos e Eustáquio Henrique do Nascimento teriam armado uma emboscada para executar quatro homens identificados pelas iniciais APS, AFC, OBS e SSC. As vítimas foram atingidas por 58 disparos de arma de fogo.
Os policiais respondem pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual. Inicialmente, o julgamento seria realizado em Cavalcante, município da Chapada dos Veadeiros, onde ocorreu a chacina. Porém, a Justiça transferiu o processo para Goiânia a fim de garantir a imparcialidade dos jurados, já que o caso gerou forte comoção na comunidade local.
Desde agosto de 2023, os sete réus aguardam o julgamento em liberdade. A sessão é presidida pelo juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, e conta com a atuação da promotora Renata de Oliveira Marinho e Sousa.
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