Israel voltou a permitir que países estrangeiros voltem a lançar ajuda humanitária aérea na Faixa de Gaza. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (25) pela rádio do Exército israelense, que informou que as remessas seriam retomadas ainda hoje. O lançamento de mantimentos por via aérea já havia sido autorizado em outros momentos desde o início da guerra.
O conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas mataram 1.200 israelenses e fizeram outros 250 reféns. Desde então, Israel mantém ofensiva militar no território, que já resultou em mais de 59.100 palestinos mortos, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
A volta da ajuda aérea ocorre em um momento de agravamento da crise humanitária. A ONU classifica a situação como um “show de horrores”, enquanto mais de 100 ONGs denunciam “fome em massa” no enclave. Segundo a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), ao menos 45 pessoas morreram de fome desde o início desta semana.
“‘As pessoas em Gaza não estão nem mortas nem vivas, são cadáveres ambulantes’: disse-me um colega em Gaza nesta manhã”, afirmou o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, na quinta-feira (24). “Enquanto isso, de acordo com as últimas descobertas da UNRWA: uma em cada cinco crianças está desnutrida na cidade de Gaza, com o número de casos aumentando a cada dia […]. A maioria das crianças atendidas por nossas equipes está fraca e corre alto risco de morrer se não receber o tratamento de que necessita urgentemente.”
Segundo o World Food Program (WFP), a crise de fome “atingiu novos e surpreendentes níveis de desespero, com um terço da população sem comer por vários dias seguidos”. A ONU considera os lançamentos aéreos insuficientes e defende a remoção dos bloqueios terrestres. Israel culpa a ONU e o Hamas pela dificuldade no repasse dos alimentos, enquanto as organizações afirmam que são impedidas de operar.
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