O último dos 42 barcos da Flotilha Global Sumud, que tinha a ativista sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila a bordo, foi interceptado nesta sexta-feira (3) pela Marinha israelense no mar Mediterrâneo. A missão buscava romper o bloqueio naval imposto à Faixa de Gaza para levar ajuda humanitária.
Desde quarta-feira (1º), as forças israelenses já haviam abordado mais de 40 embarcações e identificado 473 tripulantes. O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que quatro ativistas italianos foram deportados e que outros seguem em processo de deportação: “Os demais estão em processo de deportação. Israel está empenhado em encerrar esse procedimento o mais rápido possível”.
A embarcação Marinette, de bandeira polonesa, havia se separado da flotilha devido a problemas técnicos e foi a última a ser alcançada.
Imagens do barco transmitidas ao vivo mostraram a aproximação de barcos militares e a ação israelense por volta das 10h29 no horário local (4h29 em Brasília), a 42,5 milhas náuticas da costa de Gaza. Em comunicado, Israel afirmou que os procedimentos para encerrar o que chamou de provocação e farsa do Hamas-Sumud estavam em andamento.
A organização da flotilha reagiu dizendo que os navios foram “interceptados ilegalmente”, e que cada um deles transportava ajuda humanitária e voluntários com a determinação de romper o cerco — que eles denominaram como ilegal — a Gaza. Greta Thunberg, que havia se tornado o principal rosto da missão, foi detida na quarta-feira e afirmou em vídeo pré-gravado ter sido “sequestrada” por Israel.
Israel insiste que o bloqueio marítimo é legal e que a flotilha havia sido alertada sobre o risco de entrar em zona de combate.