O governo de Israel afirmou neste sábado (13) ter matado um comandante do grupo terrorista Hamas durante um bombardeio na Faixa de Gaza. Segundo as autoridades israelenses, o alvo foi Raad Saad, descrito pelo Exército como um dos principais líderes militares da organização e um dos arquitetos do ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel.
Em nota conjunta, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Israel Katz, disseram que a ofensiva foi ordenada em resposta à detonação de um dispositivo explosivo pelo Hamas que feriu dois soldados da reserva israelense durante uma operação no sul do território palestino. “Em resposta à detonação de um dispositivo explosivo pelo Hamas que feriu nossas forças hoje […] o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Israel Katz ordenaram a eliminação do terrorista Raad Saad”, afirmaram.
Benjamin Netanyahu (Foto: Governo de Israel/ Wikimedia Commons)
O Exército israelense declarou que Saad chefiava a sede de produção de armas do braço militar do Hamas e liderava o fortalecimento militar do grupo. Um oficial militar afirmou que ele ajudou a estabelecer e desenvolver a rede de fabricação de armamentos da organização e que, nos últimos meses, atuou para restabelecer as capacidades e a produção de armas do Hamas, uma violação flagrante do cessar-fogo.
Hamas chama ataque israelense de violação do cessar-fogo
Autoridades de saúde e a Defesa Civil de Gaza informaram, segundo o G1 com informações da AFP, que um ataque aéreo israelense atingiu um veículo civil no distrito de Tel al Hawa, no sudoeste da Cidade de Gaza, matando cinco pessoas e ferindo pelo menos 25. O porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, disse que “aviões israelenses bombardearam o veículo civil com três mísseis, causando seu incêndio e destruição”, e que os corpos foram levados ao hospital Al Shifa.
Não houve confirmação imediata do Hamas ou de médicos de Gaza de que Saad estivesse entre os mortos. Porém, um dia depois do ataque em um pronunciamento na Al-Aqsa TV, emissora do grupo, o chefe do Hamas em Gaza, Khalil al-Hayya, confirmou a morte do comandante. “O povo palestino está passando por momentos difíceis e sofrendo muito com o martírio de mais de 70 mil pessoas, a última das quais foi o comandante mujahidin Raed Saad e seus companheiros”, declarou.
Ainda, al-Hayya afirma que “as contínuas violações israelenses ao acordo de cessar-fogo e os recentes assassinatos que tiveram como alvo Saed e outros ameaçam a viabilidade do acordo”.








