O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (2) que não acredita que o impasse na questão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) irá impactar na aprovação da reforma do Imposto de Renda (IR). Segundo o ministro, não houve sinalizações do Congresso Nacional nesse sentido.
Haddad afirmou que tal situação representaria uma “ameaça” à “população mais pobre do país”. O ministro foi questionado sobre uma possível perda de apoio do Congresso no projeto de isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil por mês, em resposta à judicialização do IOF.
O chefe da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu em tom crítico. “Você está sugerindo que o Congresso vai prejudicar a população mais pobre do país por conta de uma pergunta feita ao STF? Está insinuando que isso pode acontecer no nosso país? Por quê?”, disse Haddad.
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O ministro garantiu que não recebeu nenhuma manifestação de líderes do Legislativo de uma possível represália no projeto do IR em decorrência dos entraves do IOF. As declarações aconteceram durante conversa com a imprensa em Buenos Aires, capital da Argentina, após reunião com autoridades no país vizinho.
Haddad reuniu-se com ministros da economia e presidentes dos Bancos Centrais dos países do Mercosul, na última quarta-feira (2). O Brasil assume a liderança do bloco nesta quinta-feira (3) — priorizando concluir as negociações do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia até o fim do ano.
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