As forças de segurança de Goiás prenderam 32 pessoas suspeitas de participar do foguetório registrado na noite de terça-feira (4) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e outras cidades da região metropolitana. Segundo as investigações, os fogos teriam sido acionados para homenagear nove foragidos da Justiça goiana mortos em confronto com a polícia no Rio de Janeiro, supostamente ligados ao Comando Vermelho.
Em entrevista especial ao Jornal O Hoje, o secretário de Segurança Pública, Renato Bruno Santos, afirmou que a resposta foi imediata. “As forças de segurança foram às ruas desde os primeiros minutos. Identificamos a articulação e reagimos de forma coordenada. Aqui, o Estado não aceita recado de facção criminosa”, declarou.
De acordo com o secretário, as detenções ocorreram em Goiânia (14 pessoas), Aparecida de Goiânia (9), Abadia (6) e Rio Verde (3). Bruno destacou que, embora o episódio tenha relação simbólica com o crime organizado, muitos dos participantes não pertencem a grupos criminosos. “Há pessoas que agiram por empolgação ou influência digital. Mesmo assim, é apologia ao crime e será tratada como tal”, afirmou.
Investigações e autuações sobre o foguetório
O delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga, explicou que as prisões se basearam em diferentes enquadramentos. “Autuamos alguns por apologia ao crime e outros por envolvimento com organização criminosa, o que prevê pena de até oito anos. Também houve flagrantes de posse de drogas e porte ilegal de arma”, disse.
Ganga ressaltou que as investigações continuam. “Estamos identificando quem deu ordem do foguetório, quem incentivou nas redes e quem apenas executou. O recado é claro: em Goiás, não há espaço para esse tipo de provocação”, acrescentou.
Investigação aponta que parte dos detidos agiu por incentivo de redes sociais e não tem ligação direta com facções em foguetório. Foto: Divulgação
Operação integrada e fiscalização
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Granja, informou que as prisões foram resultado de uma ação conjunta entre as forças estaduais contra o foguetório. “O trabalho de inteligência seguiu em tempo real. As equipes continuam nas ruas, monitorando possíveis reações”, relatou.
O Procon Goiás também integrou as operações, fiscalizando comércios de fogos de artifício em Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Anápolis. Segundo o representante do órgão, coronel Antonício, “quase 4 mil artefatos pirotécnicos foram apreendidos, e cerca de 30 estabelecimentos foram autuados por irregularidades”.
Já o chefe da Polícia Penal, Firmino, afirmou que o sistema prisional segue sob controle. “As lideranças estão isoladas, e o Estado mantém domínio sobre todas as unidades. Nenhum comando externo interfere nas decisões internas”, assegurou.
Resposta do Estado sobre foguetório
Durante a entrevista, o secretário Renato Bruno reforçou que Goiás segue com controle total da segurança pública. “A população pode ter confiança nas forças policiais. Não há área do Estado onde o poder público não esteja presente. Vamos continuar agindo com rigor e dentro da legalidade”, declarou.
Ele concluiu afirmando que o governo permanecerá em estado de atenção. “Quem tentar desafiar o Estado vai encontrar resposta firme. Em Goiás, bandido não se cria”, completou o secretário.










