Mães de alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) da região da Campininha foram surpreendidas na manhã desta sexta-feira (25) ao serem barradas na entrada da unidade. Sem aviso prévio, reunião ou diálogo com as famílias, foram informadas de que seus filhos haviam sido realocados para outros centros educacionais , em meio ao semestre letivo e sem qualquer consulta.
O fechamento da unidade, considerada uma das maiores e mais importantes da região, causou indignação entre os responsáveis, que classificam a medida como arbitrária por parte da gestão do prefeito Sandro Mabel. Para elas, o ocorrido representa não apenas uma decisão administrativa, mas um ataque direto à comunidade escolar.
“A Guarda Civil Metropolitana (GCM) estava ali para garantir a decisão da prefeitura e intimidar as mães que insistissem em deixar as crianças no CMEI. Elas simplesmente tiveram que voltar para casa sem saber para onde seus filhos haviam sido transferidos”, relata Juliana Damando, professora e advogada que acompanha o caso.
Segundo ela, houve flagrante desrespeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente e violação ao direito básico à educação. “Muitas mães chegaram como de costume, prontas para deixar seus filhos e seguir para o trabalho, mas foram informadas pelas próprias professoras que não poderiam mais receber as crianças.”
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A advogada ainda aponta que a remoção das crianças ocorreu sem consentimento das famílias, causando transtornos tanto à rotina das mães quanto ao bem-estar dos alunos. Diante da situação, um grupo se dirigiu à Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) para registrar denúncias e buscar orientações jurídicas.
A comunidade escolar exige transparência nas decisões da prefeitura e respeito às famílias e às crianças. Até o momento, não houve manifestação oficial da administração municipal sobre os motivos da decisão nem esclarecimento sobre o destino das crianças realocadas.