O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, confirmou na madrugada deste domingo (2), que as Forças Armadas norte-americanas realizaram um ataque letal a uma embarcação ligada ao narcotráfico no Caribe, resultando na morte de três pessoas a bordo. A operação foi conduzida em águas internacionais e teve como alvo uma embarcação conhecida por transportar drogas em rotas de contrabando, conforme detalhou Hegseth em publicação no X, acompanhada de um vídeo que supostamente registra o momento do ataque.
O episódio é o mais recente de uma série de ações do governo de Donald Trump contra cartéis de drogas latino-americanos. Segundo dados do governo norte-americano, esta é a 16ª embarcação atacada em pouco mais de um mês, nove no Mar do Caribe e sete no Oceano Pacífico, totalizando pelo menos 64 mortes até o momento.
Operação dos EUA contra narcotráfico
O deslocamento de grande poderio militar para a região faz parte da estratégia dos EUA, que classificam a ofensiva como uma medida para impedir a entrada de narcóticos no país. A imprensa norte-americana, no entanto, aponta que o objetivo real pode incluir pressões contra o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.
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Ainda, o Kremlin, segundo a CNN, confirmou neste domingo que mantém contato com o governo venezuelano, em meio à crescente presença militar dos EUA. “Estamos em contato com nossos amigos na Venezuela”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em resposta a um suposto pedido de ajuda de Maduro a Vladimir Putin, noticiado pelo Washington Post.
A Organização das Nações Unidas (ONU) na sexta-feira (31), se pronunciou pela primeira vez sobre as operações iniciadas em setembro perto das costas da Venezuela e da Colômbia. O alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, criticou os ataques, chamando-os de “execuções extrajudiciais” e pedindo o fim imediato dessas operações.
“Esses ataques, com seu crescente custo humano, são inaceitáveis. Os EUA devem pôr fim a tais ataques”, escreveu Türk em comunicado.










