O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou nesta segunda-feira (6) sobre a possibilidade de conceder um perdão presidencial ao rapper Sean Diddy Combs, condenado a 50 meses de prisão por acusações relacionadas ao transporte de mulheres para prostituição. A declaração foi feita durante conversa com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca.
Ao ser questionado sobre o caso de Ghislaine Maxwell, ex-namorada do financista Jeffrey Epstein, Trump mencionou também o pedido feito por Diddy. Segundo o presidente, o rapper entrou em contato para solicitar o benefício. “Não sei. Eu teria que falar com o Departamento de Justiça. Vou dar uma olhada. Tenho muitas pessoas que me pediram perdão. Eu o chamo de Puff Daddy, ele também me pediu perdão”, afirmou, conforme informações publicadas pela revista Variety.
A condenação de Sean Diddy Combs foi decretada após investigação sobre tráfico de pessoas e exploração sexual. O caso ganhou grande repercussão nos Estados Unidos e reabriu o debate sobre o alcance do poder presidencial no perdão de condenados por crimes federais.
Meses antes da sentença, Trump havia se referido ao rapper de forma mais branda. Em entrevista à emissora Newsmax, o presidente disse acreditar que Diddy “parecia meio inocente” e destacou que os dois mantiveram uma relação cordial antes do período eleitoral. “Eu tinha uma relação amigável com ele. Parecia um cara legal, mas quando me candidatei ao cargo, ele foi muito hostil. E é difícil. Somos seres humanos e não gostamos quando as coisas obscurecem nosso julgamento”, declarou.
Trump afirmou ainda que o comportamento público de Diddy após sua candidatura tornou mais difícil considerar o perdão. “Você conhece alguém e está tudo bem, e então você se candidata a um cargo e ele faz algumas declarações terríveis. Estou sendo honesto, isso torna mais difícil de fazer”, disse o presidente à época.
Durante a conversa com jornalistas, Trump indicou estar inclinado a negar o pedido. “Eu não sei ainda, mas, sendo sincero, não acho que vou aceitar”, afirmou. A decisão final sobre o caso deve ocorrer apenas após a análise formal do Departamento de Justiça.
Enquanto o pedido de clemência segue em avaliação, a condenação de Diddy continua em vigor. O rapper cumpre pena de prisão federal e poderá solicitar revisão judicial, de acordo com as leis norte-americanas. O episódio reacende o debate sobre a relação entre o poder político e o sistema judicial nos Estados Unidos.