A pouco mais de um ano para o pleito eleitoral de 2026, as movimentações nos bastidores da política goiana tendem, cada vez mais, a se intensificar. Com duas cadeiras em jogo, a disputa pelo Senado Federal obriga os diferentes grupos políticos de Goiás a articularem desde já.
O grupo que rege o Palácio das Esmeraldas, sob a tutela do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), enfrenta um problema: o excesso de aliados. A abundância de nomes interessados em disputar a segunda vaga ao Senado pela base governista tem gerado uma disputa interna precoce e cada vez mais acirrada. Com tantas alianças, o grupo de Caiado possui um único nome certo para a disputa: a primeira-dama Gracinha Caiado (União Brasil).
Para a segunda vaga, a cúpula do Palácio das Esmeraldas terá inúmeras opções. Um dos cotados para a segunda vaga é o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (PSD) — que não esconde a intenção de disputar o Senado. O senador licenciado Vanderlan Cardoso (PSD-GO) se reaproximou da base governista e vê com bons olhos disputar a reeleição.
Principal liderança política de Rio Verde, o secretário de Governo e ex-prefeito do município, Paulo do Vale (União Brasil), também está no páreo das negociações para 2026. Aliado de Caiado desde 2018, quando o governador foi eleito para o Executivo estadual pela primeira vez, Paulo tem histórico com a base caiadista — além de um capital político robusto em uma cidade tomada pelo agronegócio.
O presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e do PP em Goiás, Alexandre Baldy, bem como lideranças políticas do Entorno, também monitora a situação para a segunda vaga ao Senado. Vale ressaltar que, nas negociações, a vaga para suplente também está em jogo.
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PL menos fragmentado
Enquanto a base governista encontra dificuldades, a cúpula do PL caminha para definição para as vagas ao Senado. Recentemente, a pré-candidatura do senador Wilder Morais (PL) ao Governo de Goiás voltou a ganhar força. Uma possível aliança com a base governista esfriou. Com isso, seriam duas vagas em disputa. Ao que tudo indica, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) será candidato à Casa Alta.
Para a segunda vaga, o vereador Vitor Hugo (PL) está entre os cotados. Próximo de Bolsonaro, o parlamentar era o principal articulador de uma aliança entre Vilela e PL — onde ele disputaria o Senado ao lado de Gracinha. Agora, o vereador busca compor em uma chapa pura do PL para a Casa Alta. O ex-senador Demóstenes Torres já mostrou interesse pela vaga.
É válido lembrar que o Senado é a principal prioridade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para as eleições de 2026. O ex-chefe do Executivo já deixou claro que os candidatos serão escolhidos por Bolsonaro e pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
Nesse cenário, as negociações em Goiás avançam rumo a uma série de definições estratégicas. O primeiro e o segundo assentos, além da escolha de suplentes, marcam a linha de partida do processo. Até a reta final, prevista para 2025, muita costura ocorrerá — e quem construir no tempo certo terá vantagem competitiva em 2026.
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