Bruno Goulart
A pouco mais de um ano da formalização das candidaturas para as eleições de 2026, os bastidores do Palácio das Esmeraldas e de lideranças partidárias em Goiás já se movimentam. A formação da chapa do vice-governador Daniel Vilela (MDB), que deve disputar o governo com o apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), está no centro das articulações — e a disputa mais acirrada está nas vagas para o Senado e para a vice-governadoria.
A única certeza, até o momento, é a presença de Gracinha Caiado (União Brasil) na chapa majoritária como candidata ao Senado. Primeira-dama do Estado, Gracinha é vista como o nome natural para representar o legado do atual governo e manter o grupo político unido em torno do projeto de continuidade.
Nomes ventilados
Com uma das duas cadeiras ao Senado já praticamente definida, a disputa agora gira em torno da segunda vaga e da vice. Entre os nomes mais ventilados estão o senador Vanderlan Cardoso e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, ambos do PSD, além do ex-deputado Alexandre Baldy (PP), do deputado federal Zacharias Calil (União Brasil) e do secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima. A reportagem conversou com algumas dessas lideranças sobre 2026.
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Ao O HOJE, Vanderlan reiterou que é pré-candidato à reeleição e aposta na força do PSD para garantir espaço na chapa governista. “Estou trabalhando com foco na minha reeleição. Como serão duas vagas em disputa, acredito que há espaço para minha candidatura à reeleição e também para que o Gustavo Mendanha possa construir a dele”, afirmou o senador.
O mesmo discurso é adotado por Gustavo Mendanha, que acaba de se filiar ao PSD com carta branca para construir seu futuro político. “Vai depender muito do entendimento sobre a candidatura única ou se teremos candidaturas avulsas. O momento agora é de colocar o nome à disposição. Estou no time do Daniel e da Gracinha pronto para ajudar”, disse o ex-prefeito.
Do lado do PP, Alexandre Baldy trabalha silenciosamente, mas mantém influência e articulações nos bastidores. Presidente do partido em Goiás, Baldy mantém proximidade com figuras do agronegócio e com parte significativa da base do governo. O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant’Anna, é visto como seu principal cabo eleitoral no Palácio das Esmeraldas.
Outro nome que entra com força nas discussões é o do deputado federal Zacharias Calil, do União Brasil. Médico conhecido e respeitado, Calil traria à chapa uma identidade popular e técnica, o que reforçaria a presença do partido de Caiado na composição.
Nomes do interior
Há ainda quem defenda a presença de lideranças do interior na chapa, especialmente das regiões Sudoeste e Entorno do Distrito Federal, que foram decisivas na reeleição de Caiado em 2022. Ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (UB) deixou claro ao O HOJE que está focado na candidatura a deputado federal, mas colocou o nome à disposição para compor uma majoritária, se houver consenso no grupo. “Trabalhamos em grupo, meu nome está à disposição se o grupo achar que devo participar”, disse.
Já o prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto (UB), reforça a importância de contemplar o Entorno na chapa de 2026. “Acredito que nossa região deve ter um nome na chapa. Isso potencializa a eleição de Daniel e reconhece a força eleitoral que temos mostrado”, afirmou ao O HOJE, ao lembrar que a região contribuiu decisivamente para a vitória de Caiado no primeiro turno.
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